Quando fala-se de confissão, uma questão permanece na
mente do penitente: este pecado que cometi é venial? O que difere um
pecado grave do leve? Quando posso comungar? Queremos expor uma breve
reflexão com o objetivo de auxiliar cada fiel diante da confissão.
O pecado grave é aquele que rompe toda ligação com
Deus e priva o homem da vida eterna. Essa privação se chama “pena
eterna” do pecado. Na verdade, todo pecado, mesmo venial, acarreta um
apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na
terra, quer depois da morte. A diferença é que a pena eterna não permite
a purificação, já na pena do pecado venial, ela acontece no estado
chamado “purgatório“. Em outras palavras, o pecado mortal leva à danação ao inferno, enquanto o venial não.
O que classifica um pecado como grave é a sua
matéria, ou seja, o ato humano que será julgado . A matéria é grave
quando fere um dos Dez mandamentos, conforme a resposta de Jesus ao
jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes
falso testemunho, não fraudeis a ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc
10,19).
Embora a matéria seja grave, em alguns casos pode não
imputar pena grave. Isso ocorre quando o fiel não possui pleno
conheciment0 0u pleno consentimento. De outro modo, quando uma pessoa
não sabe que aquela ação é contrária a lei divina ou não tem pleno
consentimento para a realização daquele ato, ela não recebe a culpa
danosa do pecado grave. Pode ser-lhe imputada a pena leve ou
simplesmente não ser-lhe imputado nada. Os impulsos da sensibilidade,
podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como
também pressões exteriores e perturbações psicológicas. O pecado por
malícia, por opção determinada do mal, é o mais grave.
Em resumo, podemos dizer que um pecado acontece
quando tem-se conhecimento que ele é pecado, quer comete-lo, e o
realiza. Se a matéria é grave, a pena é a eterna. Caso contrário a pena
será a do pecado venial. Será venial também se a matéria for grave, e
faltar um dos três elementos acima, ou então não recairá nenhuma pena.
Basto-nos, agora, recordar os dez mandamentos e saber se os descumprimos ou não. O primeiro é Amar a Deus sobre todas as coisas, o 2º – Não usar o nome de Deus em vão, 3º – Guardar domingos e festas de guarda, 4º – Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores), 5º – Não matarás, 6º – Guardar castidade nas palavras e nas obras, 7º – Não roube. (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo), 8º – Não levantar falsos testemunhos, 9º – Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos, 10º- Não cobiçar as coisas do outro. Vivamos os mandamentos e viveremos a santidade.
Por fim, vale lembrar que o pecado mortal corta todo
vínculo com Deus, inclusive o da Sagrada Comunhão. Por isso, aquele que
não está em estado de graça, ou seja, precisa confessar um pecado grave,
não deve aproximar-se da mesa da comunhão. Entretanto, que ninguém
fique passivo nestas condições, pois o fato de não estar em estado de
graça significa não ter o céu garantido. Se temos algum pecado grave,
precisamos confessá-lo o quanto antes.
Sem. Adriano Cézar
Missionário da Arquidiocese de Niterói
Missionário da Arquidiocese de Niterói
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