quinta-feira, 12 de julho de 2012

Pecados graves e pecados leves

Quando fala-se de confissão, uma questão permanece na mente do penitente:  este pecado que cometi é venial? O que difere um pecado grave do leve? Quando posso comungar? Queremos expor uma breve reflexão com o objetivo de auxiliar cada fiel diante da confissão.
O pecado grave é aquele que rompe toda ligação com Deus e priva o homem da vida eterna. Essa privação se chama “pena eterna” do pecado. Na verdade, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte. A diferença é que a pena eterna não permite a purificação, já na pena do pecado venial, ela acontece no estado chamado “purgatório“. Em outras palavras, o pecado mortal leva à danação ao inferno, enquanto o venial não.
O que classifica um pecado como grave é a sua matéria, ou seja, o ato humano que será julgado . A matéria é grave quando fere um dos Dez mandamentos, conforme a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não fraudeis a ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10,19).
Embora a matéria seja grave, em alguns casos pode não imputar pena grave. Isso ocorre quando o fiel não possui pleno conheciment0 0u pleno consentimento. De outro modo, quando uma pessoa não sabe que aquela ação é contrária a lei divina ou não tem pleno consentimento para a realização daquele ato, ela não recebe a culpa danosa do pecado grave. Pode ser-lhe imputada a pena leve ou simplesmente não ser-lhe imputado nada. Os impulsos da sensibilidade, podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações psicológicas. O pecado por malícia, por opção determinada do mal, é o mais grave.
Em resumo, podemos dizer que um pecado acontece quando tem-se conhecimento que ele é pecado, quer comete-lo, e o realiza. Se a matéria é grave, a pena é a eterna. Caso contrário a pena será a do pecado venial. Será venial também se a matéria for grave, e faltar um dos três elementos acima, ou então não recairá nenhuma pena.
Basto-nos, agora, recordar os dez mandamentos e saber se os descumprimos ou não. O primeiro é Amar a Deus sobre todas as coisas, o 2º – Não usar o nome de Deus em vão, 3º – Guardar domingos e festas de guarda, 4º – Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores), 5º – Não matarás,  6º – Guardar castidade nas palavras e nas obras, 7º – Não roube. (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo), 8º – Não levantar falsos testemunhos, 9º – Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos, 10º- Não cobiçar as coisas do outro. Vivamos os mandamentos e viveremos a santidade.
Por fim, vale lembrar que o pecado mortal corta todo vínculo com Deus, inclusive o da Sagrada Comunhão. Por isso, aquele que não está em estado de graça, ou seja, precisa confessar um pecado grave, não deve aproximar-se da mesa da comunhão. Entretanto, que ninguém fique passivo nestas condições, pois o fato de não estar em estado de graça significa não ter o céu garantido. Se temos algum pecado grave, precisamos confessá-lo o quanto antes.
Sem. Adriano Cézar
Missionário da Arquidiocese de Niterói

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